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Encontro da Cadeia de Suprimentos do SINDIHOSPA destaca uso de tecnologias para qualificar gestão hospitalar

Temas relacionados ao Supply Chain 4.0 e à automatização de processos para melhoria da gestão e dia a dia das instituições de saúde marcaram o 2º Encontro da Cadeia de Suprimentos, nesta quarta-feira (4). O evento, promovido pelo SINDIHOSPA (Sindicato dos Hospitais e Clínicas de Porto Alegre), integrou a programação da Health Meeting, feira internacional da saúde realizada no prédio 40 da PUCRS.
No primeiro painel, os debatedores compartilharam experiências em gestão de estoques e suprimentos dentro de hospitais, sob a ótica do Supply Chain 4.0. O gerente de compras e suprimentos do Hospital Mãe de Deus, Alexandre Oliveira, pontuou que, apesar dos fluxos serem complexos, é fundamental haver comunicação e informação em todos os processos do setor. “A organização é peça chave. Sistematizar o fluxo, fazer a gestão e ter indicadores disso, ter regras. Se não, mesmo com um alto estoque, pode haver falta de padronização e faltar materiais para o atendimento médico”, disse.
Na parte de planejamento, o coordenador corporativo de Suprimentos do Hospital Tacchini, Douglas Madruga, explicou que após uma revolução digital, a instituição conseguiu reduzir custos operacionais e integrar a equipe. “Está tudo transformado digitalmente e quase que por osmose a área dos estoques e insumos tiveram que se digitalizar. Nada disso adiantaria se a equipe não estivesse treinada e instruída”. Com essa mudança de paradigma, Madruga ressaltou que a malha logística do hospital tem hoje um alto nível de automação, o que possibilita aos gestores mais inteligência de dados.
O gerente de suprimentos do Hospital Moinhos de Vento, Rafael Lopes, salientou a importância de usar as informações disponíveis em plataformas automatizadas para evitar o desperdício. “Em supply, cada real economizado vai para o resultado, é uma das engrenagens da cadeia do sucesso. Estoque gera resultado, mas para isso é preciso pensar de forma estratégica. O suprimentos da mesma forma: é estratégico para a estrutura hospitalar”. O painel ainda teve a participação do coordenador de Suprimentos do Hospital São Lucas da PUCRS, Régis Ferreira da Silva, e da coordenadora de Suprimentos do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, Simone Mahmud.
Na sequência, os estoques dos hospitais foram analisados a partir de cases de gestão e automação. O coordenador de suprimentos e logística do Hospital Ernesto Dornelles, Tafarel Maurente, mostrou como foi a evolução dos processos na instituição desde 2020. “No início, o foco era integrar dados. No ano seguinte, o avanço ocorreu na automatização da gestão e distribuição hospitalar. Chegamos em 2022 com a ideia de continuar melhorando os dados e informações e neste ano, buscamos a reestruturação do departamento de logística e continuar o constante processo de evolução”. Após esses anos de trabalho, Maurente afirmou que o resultado foi promissor: no estoque do hospital se trabalha com 22 dias de cobertura e redução de custos, sem penalizar o atendimento aos pacientes.
Vivência parecida teve o especialista em suprimentos da Santa Casa de Misericórdia, Luciano Maciel dos Santos Júnior. Ele contou que o objetivo da automação de processos internos na instituição é de manter a estabilidade e qualidade dos atendimentos, sem perder a flexibilidade. “É um mercado dinâmico. A área de suprimentos é responsável por abastecer todos os hospitais e unidades de saúde do complexo Santa Casa. É preciso estar preparado e agir rápido”. Nesse ponto da agilidade, Maciel destacou a implementação de um aplicativo que acompanha toda a operação do estoque para consulta de informações.





