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Avaliação genética nas doenças comuns é tema de Grand Round do Hospital Moinhos de Vento

Em mais uma edição do Grand Round do Hospital Moinhos de Vento, os especialistas convidados procuraram trazer um novo olhar sobre a genética, normalmente associada a doenças raras. Com o tema “A genética das doenças comuns”, o evento abordou as principais aplicações dos testes genéticos, a genética das doenças cardiovasculares e as perspectivas para a área.
“Existe um novo caminho sendo trilhado – novos mecanismos causais de doenças mais prevalentes, como hipertensão, diabetes, toda a gama de doenças oncológicas, e estamos vendo uma crescente de definição de painéis genéticos que definem esses diagnósticos”, explicou o superintendente médico do Hospital Moinhos de Vento, Luiz Antônio Nasi.
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Além de auxiliar no diagnóstico de doenças – tanto raras como comuns –, a genética surge como alternativa para traçar prognósticos e tomar decisões terapêuticas. Isso porque, a partir da definição do código genético, os médicos podem analisar e interpretar quais alterações no DNA repercutem nas diferentes proteínas do organismo.
“Temos metodologias que analisam o genoma completo como um todo – e vale destacar que doenças genéticas, por definição, são quaisquer doenças que envolvem o DNA. Ou seja, todas as neoplasias têm alteração de DNA, mas nem todas são hereditárias, por exemplo”, destaca Osvaldo Artigalas, médico geneticista do Hospital Moinhos de Vento.
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A vantagem dos chamados painéis genéticos é a possibilidade de realizar exames focados, a fim de analisar os principais genes que possuem variantes associadas ao aumento de risco de desenvolver uma doença específica ou um grupo de doenças. “Se eu sei que o paciente tem uma doença cardiovascular, não vou ler todos os genes responsáveis por alterações neurológicas. Nosso desafio, hoje, não é mais sequenciar o DNA. É interpretar todos os dados”, explica Artigalas.
Para exemplificar o tema do evento, o geneticista cita a área oncológica. “Cerca de 10% dos casos de câncer de mama são hereditários. Em 2023, tivemos 73 mil novos casos. Mais de 7 mil mulheres diagnosticadas em decorrência de variante genética, que já nasceu com elas, poderiam ter feito o exame genético em um período assintomático, com tempo para tomar medidas preventivas e evitar o diagnóstico, além de reduzir os custos com saúde pública”, esclarece.
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